Pesquisar este blog

2010!

2010!

sábado, 28 de novembro de 2009

reações.

--- estava eu outro dia, num feriado vendo teve, zapeando pra lá e, pra cá parei num destes programas em que as pessoas vão pra contar suas agruras, seus anseios, suas tristezas e,  suas destiditas, de repente me vem uma mulher e, conta que apanha do marido há exatos quinze anos,  é isso mesmo há quinze anos a infeliz apanha do marido e, ainda tem a cara de pau de ir contar isso na teve, me pus a pensar" meu deus, ela gosta de apanhar" só pode ser isso porque hoje em dia ainda as mulheres se sujeitam a isso? umas dizem que são dependentes do dito cujo, outras dizem que é por medo, outras ainda alegam que é por causa dos filhos ---, isso me fez lembrar de minha mãe que apesar de tudo nunca engoliu nada, de homem nenhum, a não ser de meu pai, mas papai só agia em legitima defesa, com justa causa, e, em seus plenos direitos ou seja pra nos defender ---, como eu ia dizendo me lembrei de minha mãe, teve uma vez em que ela morava com um homem chamado dai, é o nome dele era dai, o dai era um cara legal, nos tratava bem a mim e, ao meu irmão EDUARDO, a quem ele carinhosamente chamava de dudu, mas ... sempre há os mas de repente ele e, minha mãe danaram a brigar, geralmente bate boca, mas teve um dia em que ele teve a infeliz idéia de bater em minha mãe e, pra que? acho que foi o pior dia da vida dele, no barraco tinhamos um fogareiro feito com dois tijolos que neste dia tinha sido aceso, ele deu um tapa em minha mãe e, ela não se fez de rogada, o agarrou pelos braços de modos a conduzi-li ate o fogareiro, ali o derrubou e, o jogou sentados nas brasas, tendo o cuidado de mante-lo ali assim, queimando por vários minutos, minha mãe pressionava e, ele gritava --- ai! sua desgraçada esta me queimando! desgraçada vou te matar! voce vai ver --- minha mãe não largou, o manteve ali queimando, esbravejando, chorando, xingando, quando ela achou que já bastava o largou, ele se levantou com o rabo cheio de brasas e, saiu correndo morro a fora, foi um salceiro só, uma vizinha veio perguntar a minha mãe o porque daquilo tudo e, minha mãe respondeu --- eu estava me defendendo, imagina ele quis bater em minha cara e, na minha cara ninguém bate! filho da puta nenhum bate no meu rosto, e, quer saber? foda-se, quero que ele se dane e, no meu barraco ele não entra mais --- e, assim foi, nunca mais eles moraram juntos e, minha mãe nunca aceitou desaforo de homem nenhum e, sempre dizia --- duvido que algum filho da puta encosta um dedo se quer em mim, o próximo que fizer isso eu mato! --- é claro que isso nunca aconteceu mas, ficou uma lição para mim: eu também não aceito desaforo, deu tá levando, me sustento, trabalho, não vejo porque aceitar nada de ruim de homem algum, e, ainda mais hoje em dia quando temos a lei maria da penha á nosso favor: pensem nisso.

Nenhum comentário: