sábado, 5 de dezembro de 2009
cidadania.
--- ontem 04/12, há noite eu estava assistindo ao programa do jo, e, ele estava entrevistando o cantor de pernanbuco que atualmente mora no rio de janeiro otto, lá pelas tantas ele o cantor disse uma coisa que não me sai da cabeça disse ele --- a policia já não nos ver como cidadãos --- isso muito me incomodou porque sou moradora do rio, atualmente moro no interior mas ... já passei por apuros nas mãos da policia, a pior delas foi assim --- eu ainda morava no morro do vidigal, vinha do trabalho, tarde da noite era uma sexta feira, minhas amigas ainda me chamaram --- vem CRISTIANE, vamos pro baile! vamos curtir um funck! mas eu não quis, estava cansada, tudo o que eu mais queria era chegar em casa me trocar, já que banho eu tinha tomado no trabalho, fazer um lanche, assisti a teve, ou bater um papo com meu pai, ver meu filho, que estava com nove anos, saber dos acontecimentos do dia, em fim descansar mas ... me despedi de minhas amigas e, caminhei pra rua de entrada da morro, eis que na minha frente estava acontecendo a famigerada blitzen, lá estavam os valorosos paliciais parando todo mundo, pondo todos contra o muro como só vi homens naquela situação segui meu caminho, de repente ouço um grito --- pará! pará! ei! mandei parar, pará porra! pará --- olhei pros lados e, não vi ninguém, meu deus isso é comigo! parei, nisso vem caminhando ao meu encontro um policial de mais ou menos um metro e oitenta á um e noventa já com uma mini metralhadora em punho chegando na minha frente ele levantou os braços e ... colocou a metralhadora dentro do meu rosto, bem no meio dos olhos --- gelei meus pensamentos congelaram, eu não conseguia nem pensar, não pensei em nada em ninguém, meu pai, meu filho, meus irmãos, que eram eu quem os criava, nada me veio á mente a ser --- meu DEUS agora vou morrer! ele vai me matar, ele vai me matar, ele vai me matar, de repente eu já não ouvia mais a musica que tocava no baile, de repente eu já não via mais as pessoas na minha frente, de repente eu já nem me sentia mais, eu não respirava, eu não pensava, apenas fiquei ali, parada imóvel, rente ao moro também, e, o valoroso soldado com a metralhadora em punho gritava --- tú, tá vino de onde? --- e, eu do trabalho --- mas ele não estava satisfeito --- a essa hora?, isso lá é hora de mulher descente chegar do trabalho? trabalha onde mulher ? --- e, eu --- ali naquele hotel, eu ia respondendo as perguntas sem olhar pra ele, desviava o meu olhar, mas num dado momento olhei nos olhos dele e o que eu vi me deixou mais apavorada ainda o homem estava descontrolado, com os olhos vermelhos esbugalhados, e, quando ele gritava mais esbugalhados ficavam, ele prosseguiu --- voce tem documentos? --- só o meu crachá --- ele olhou, olhou, olhou de novo --- mas, isso tá diferente, é voce mesmo? --- sim, sou eu --- foi tudo o que consegui dizer ou melhor balbuciar, porque a essa altura eu já estava entregando minha alma ao criador, me lembrei que meu pai estaria me esperando, meu filho e, meus irmãos menores também, pensei que nunca mais iria á praia, nunca mais eu sentiria o sol no meu rosto, apenas pensei " tenho que ir pra casa" mas com aquele homem ali, em pé gritando, me ofendendo não reagi, não tive pernas, boca, nada, ele ainda me chamou de vagabunda, logo eu que trabalhava em dois trabalhos, sustentava quatro crianças, e, ajudava um pai doente, ser chamada de vagabunda assim dói de mais, ele volta á carga --- o que é isso ai na sua mão? --- um maço de cigarro, uma calcinha, que uma amiga me vendou, como não tinha sacola pra colocar, tive que traze-la na mão mesmo, abri a mão mostrei pra ele " alguém me salve, alguém me salve, alguém me salve, pelo amor de DEUS" eram meus pensamentos quando lá do outro lado da rua vieram dois anjos salvadores de uma vez, um era o capitão da tal operação, o outro ou melhor a outra era minha amiga carmeci, o capitão veio, veio, veio chegou --- o que esta acontecendo aqui? boa noite senhora ---. boa ---. algum problema? --- não sei, pergunte pra ele --- a senhora tem documentos? --- tenho o crachá, que esta com o seu amigo --- me deixa ver, tá, tá tudo bem --- nisso vem carmem, me pega pela mão logo dizendo --- larga ela, uma pessoa não pode nem chegar do trabalho em paz? que voces já vai logo pertubando! o CRISTIANE, o que é isso? voce aceitou esse homem fazer isso contigo? não deixa não --- e, me pegando pelas mãos foi me arrastando dali, me tremia inteira, só fui me recompor lá na esquina perto da escada, me senti estranha, miserável, abandonada, um lixo, sem eira e, nem beira; há muito tempo que a policia já não nos, ver como cidadãos.
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