Divisão de classes. Cachaçada, porta de bar.
Vinte para as cinco da manhã, fim dos trabalhos no bar onde trabalho.
Estamos botando o lixo pra fora, a noite mais uma vez foi excelente, tanto que alguns clientes ainda estão por ali, não querem ir embora, mas um, vai chamar a atenção mais do que os outros. Sou a última a sair, ao faze-lo trago nas mãos o saco com lixo da cozinha, saio, paro na calçada em frente, ali está um de nossos fregueses, me olha, tenta sorrir, ele está bêbado, ainda conserva um copo contendo bebida na mão ---. Oi? Me dá um cigarro? --- Hã? Como assim? Eu te dar um cigarro? Como? --- Não seja ruim, me dá um cigarro ai poxa! --- ele mal consegue andar, pela minha cara de espanto, todos param, estão esperando minha reação, que não demora a vir ---. como assim? Você é quem tem que me dar um cigarro ---. Porque eu tenho que te dar um cigarro? --- Porque? Porque você é um empresario do ramo do agronegócio, está com um baita carrão ali parado te esperando só por isso ---. Me da um cigarro o que que custa? --- você é quem tem que me dar, aliás, um cigarro não! Tem é que me dar um maço, vocês são estranhos, vem pro bar, não trás cigarro, não carrega o celular em casa, chega aqui quer carregador pro telefone, não trazem isqueiro de casa, nos chamam a todo instante pedindo um. E você ainda me pede um cigarro? É tenso demais ---. Nisso todos já estão sorrindo --- Por falar nisso... Você sabe quem sou eu? --- você é funcionaria da casa --- Pois é, sou a cozinheira, e é por isso que é você quem tem que me dar um maço de cigarros e, não eu dar cigarros á você ---. Ele tenta chagar mais perto de mim, mas o estado etílico dele o impede de andar, assim, ele se apoia no muro, me olha e diz ---. Só por isso? Me dá a vinte então?! --- kkkkkkkkkkkkk!!!! uhauhauhauhauhau!! --- o garçom cai na gargalhada, ri alto tanto que ecoa madrugada á dentro, de minha parte, também não resisto, caio na gargalhada, minha patroa mal pode crer no que ouve, todos riem, o pior é que o homem insiste ---. me dá a vinte então! O que tem de mais? Você me humilhou, você me humilhou, me dá a vinte ai!Me dá? --- Como ele não consegue caminhar, vou até ele, entrego-lhe a vinte, volto ao meu ponto inicial, ele atravessa a rua, se encosta no baita carrão, ali estacionado, se põe á fumar, com gosto, encostado no carro, vai soltando a fumaça aos poucos, estamos de partida, rumo ao nossos lares, como estou no banco traseiro do carro de minha patroa, olho para trás, deu pra ver que ele acabara de fumar, mesmo em estado alterado, entra no carro, liga o motor e sai. Minha amiga, garçonete arremata dizendo ---. É por isso que ele é empresario.
Vinte para as cinco da manhã, fim dos trabalhos no bar onde trabalho.
Estamos botando o lixo pra fora, a noite mais uma vez foi excelente, tanto que alguns clientes ainda estão por ali, não querem ir embora, mas um, vai chamar a atenção mais do que os outros. Sou a última a sair, ao faze-lo trago nas mãos o saco com lixo da cozinha, saio, paro na calçada em frente, ali está um de nossos fregueses, me olha, tenta sorrir, ele está bêbado, ainda conserva um copo contendo bebida na mão ---. Oi? Me dá um cigarro? --- Hã? Como assim? Eu te dar um cigarro? Como? --- Não seja ruim, me dá um cigarro ai poxa! --- ele mal consegue andar, pela minha cara de espanto, todos param, estão esperando minha reação, que não demora a vir ---. como assim? Você é quem tem que me dar um cigarro ---. Porque eu tenho que te dar um cigarro? --- Porque? Porque você é um empresario do ramo do agronegócio, está com um baita carrão ali parado te esperando só por isso ---. Me da um cigarro o que que custa? --- você é quem tem que me dar, aliás, um cigarro não! Tem é que me dar um maço, vocês são estranhos, vem pro bar, não trás cigarro, não carrega o celular em casa, chega aqui quer carregador pro telefone, não trazem isqueiro de casa, nos chamam a todo instante pedindo um. E você ainda me pede um cigarro? É tenso demais ---. Nisso todos já estão sorrindo --- Por falar nisso... Você sabe quem sou eu? --- você é funcionaria da casa --- Pois é, sou a cozinheira, e é por isso que é você quem tem que me dar um maço de cigarros e, não eu dar cigarros á você ---. Ele tenta chagar mais perto de mim, mas o estado etílico dele o impede de andar, assim, ele se apoia no muro, me olha e diz ---. Só por isso? Me dá a vinte então?! --- kkkkkkkkkkkkk!!!! uhauhauhauhauhau!! --- o garçom cai na gargalhada, ri alto tanto que ecoa madrugada á dentro, de minha parte, também não resisto, caio na gargalhada, minha patroa mal pode crer no que ouve, todos riem, o pior é que o homem insiste ---. me dá a vinte então! O que tem de mais? Você me humilhou, você me humilhou, me dá a vinte ai!Me dá? --- Como ele não consegue caminhar, vou até ele, entrego-lhe a vinte, volto ao meu ponto inicial, ele atravessa a rua, se encosta no baita carrão, ali estacionado, se põe á fumar, com gosto, encostado no carro, vai soltando a fumaça aos poucos, estamos de partida, rumo ao nossos lares, como estou no banco traseiro do carro de minha patroa, olho para trás, deu pra ver que ele acabara de fumar, mesmo em estado alterado, entra no carro, liga o motor e sai. Minha amiga, garçonete arremata dizendo ---. É por isso que ele é empresario.
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